Hiperagitação e Hipertireoidismo



“Navegar é preciso, viver não é preciso...”
Como dizia Caetano Veloso em “Os Argonautas” o espírito aventureiro e desbravador do homem não pode morrer, ele tem que continuar descobrindo, desbravando novas áreas ou territórios,muitas vezes da sua própria vida.
Quando temos uma doença, por exemplo, o hipertireoidismo, vivemos num estado hiperadrenergico, ou seja, como se estivéssemos “fervilhando” adrenalina, ou “hiperestressados”. Nosso coração palpita (estado de arritmia cardíaca), a pressão arterial se altera, tem-se vasodilatação periférica (a pele fica vermelha e umedecida, sua-se muito). Pode-se ter diarréia, emagrecimento rápido, afilamento do cabelo e este torna-se quebradiço. Pode ocorrer febre mais acentuada em qualquer situação infecciosa mais comum. Insônia, agitação psico-motora. Os olhos podem saltar-se como se estivesse permanentemente assustado. É como se estivéssemos sempre esperando “uma notícia, ou como se fosse acontecer algo muito ruim...” E perdemos então o controle da situação.
Ou seja, no hipertireoidismo, parece que o espírito aventureiro, alegre e tranqüilo de se viver uma situação nova, com prazer, como se fosse um lazer deixa o indivíduo como se estivesse em pânico e diante de algo que poderia ser muito ruim ou perigoso, mesmo sabendo que diante desta ou de várias outras situações, umerigo real não existir.
Então não há o que justifique o estado hiperadrenergico (de “estresse negativo”).
E a doença canalizada no organismo desta pessoa, para a tireóide, tem a ver com a sua característica genética e o agente detonador da doença naquele momento deve ser avaliado com cautela, pois além de tratar-se da doença “hipertireoidismo” pode-se tratar o indivíduo como um todo e livrá-lo do tormento que o escraviza, na sua vida, neste estado adrenergico que perpetua o quadro de agitação, estimulação continuada da sua tireóide, o que o deixaria ainda mais ansioso, e mais temeroso da sua falta de controle diante da sua vida.
Mais uma vez, navegar é preciso, mas é preciso, além de “consertar o leme do navio” (“com os remédios da tireóide”) antes, ou também, equilibrar o capitão do navio (“ o doente”).
E quando obtemos então o controle de nossas vidas, Caetano Veloso nos ressoa bem na conclusão do seu refrão: “Viver não é preciso...”. Não é preciso preocupar-se para viver, pois a vida nos levaria como se deveria ser, equilibradamente, com menos doenças ou retardando ou amenizando-se, por exemplo, uma disfunção tireoideana.

Fonte: Jose Cervantes Loli
Clinica Cervantes

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Excesso de insulina

Sintomas do hipertireoidismo