A polêmica da sibutramina


A sibutramina é classificada como uma medicação serotoninérgica para o tratamento da obesidade, aumentando a saciedade, "aquela sensação de que já comi, está bom, estou satisfeito" reduzindo a compulsão alimentar especialmente em pacientes obesos depressivos ou ansiosos e ainda reduzindo um pouco a fome (devido a um componente noradrenérgico), além de aumentar a queima calórica. Seu uso iniciou-se a mais ou menos há 10 anos e ela sempre foi considerada uma medicação segura e com ótimos resultados a longo prazo reduzindo e não aumentando as doenças cardiovasculares e outras complicações da obesidade, apesar de alguns cuidados para o seu uso: Deve se escolher bem e de forma responsável o paciente que pode utilizá-la. Pacientes cardíacos e hipertensos, à priori teem contra-indicação. É obvio que o emagrecimento reduz a hipertensão arterial e risco de cardiopatia, mas esses doentes devem ser bem triados e acompanhados. O estudo atual que trouxe a proibição do uso da sibutramina na Europa e colocou o Brasil sob observação tem lógica, porém mais uma vez, parece que estamos perdendo uma grande medicação devido ao uso irresponsável e ilimitado desta. A sibutramina tem a sua função e a considero segura quando usada de forma especializada. Como sempre vai se prevalecer a boa norma: O ideal é tratar-se e repeitar a obesidade como uma doença onde existe uma especialidade que deve tratá-la como em qualquer outra doença, com respeito e conhecimento de causa, pois apesar da sua complexidade causal existe gente que ainda muito a estuda! Ela não é uma doença de ninguém. E o paciente obeso também deve adquirir esta consciência para que seja tratado com a responsabilidade que ele merece.

Dr. José Cervantes - Endocrinologista em Apucarana.


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