Principais fases da vida para ganho de peso

Os estudos demonstram que o habito alimentar materno, lá no intra-útero, já começa a influenciar tanto no crescimento como no peso fetal e pode determinar características futuras do peso desde a primeira infância até a idade adulta.
Por exemplo, filhos de mães diabéticas podem nascer grandes (maior ou igual a 4,0kg) ou pequenos demais (menor ou igual a 2,5kg) para a idade gestacional, mostrando o quanto receberam de excesso, ou falta de nutrientes durante a gestação. Estes recém-nascidos, seja pela desnutrição, ou pela “supernutricao”, serão futuros candidatos a obesidade “em maçã” ou abdominal (aquela que traz também um elevado risco para o diabetes e as doenças cardiovasculares) devido ao aprendizado que devem armazenar os alimentos.
A maioria das mulheres obesas começam a ganhar peso após a adolescência, casamento, gestação e menopausa. O uso de alguns anti-concepcionais parecem favorecer a obesidade. Na menopausa pode ocorrer um maior acúmulo de gordura no abdomen, local tipicamente masculino, pela falta do estrógeno (hormônio feminino). O uso da reposição hormonal na menopausa, não parece favorecer o emagrecimento, mas sim levar apenas a uma mudança no local do depósito da gordura corpórea (“da barriga, para as coxas e culotes”).
O homem ganha mais peso após uma mudança no estilo de vida, de quando se é jovem e ativo, passando para a maturidade, casado, quando o sedentarismo faz parte de sua rotina e também quando param de fumar. Quanto à idade, o ganho é progressivo até os 60 anos, depois ocorrendo uma fase de estabilidade ou até de uma redução do peso devido ao catabolismo (perda de massa corpórea global), comum após a terceira idade
O fator metabólico para o ganho do peso acontece devido, com o passar dos anos, perdemos massa muscular e a substituirmos por massa gordurosa. Por isso o exercício físico pode ser um grande aliado para que preservemos a massa muscular e evitemos um maior ganho de massa gordurosa.
O estresse é outro fator bastante importante para se ganhar peso. Estudos demonstram que a ansiedade e depressão a longo prazo podem modificar o funcionamento dos hormônios, elevando principalmente o cortisol e gerando obesidade abdominal. O tratamento do estresse e da depressào podem amenizar o efeito deletério dessas mudanças hormonais devendo optar-se pelas medicações que sejam menos engordativas possível, para se tratar o psiquismo da pessoa que está engordando.


Dr. José O. Cervantes-Loli é Endocrinologista e especialista em Medicina psicossomática em Apucarana.

Comentários

  1. Olá, Dr. Cervantes.
    Eu estava tomando antidepressivo e percebi que estava engordando, então, parei de tomar. Mas, como estou seguindo uma dieta indicada pela nutricionista, percebi que, ao parar de tomar o antidepressivo, a minha ansiedade aflorou. Isso pode prejudicar o tratamento?

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