Metabolismo e ganho de peso
Ao falarmos em metabolismo, fator central no organismo que nos leva a ter energia para viver, podemos nos perguntar: Até que ponto o metabolismo colabora para um maior ganho de peso? Sabemos que temos dois tipos principais de metabolismo: o de repouso (ou basal), para dar energia e funcionamento a todos os nossos órgãos e células; e o metabolismo (queima calórica) resultado do exercício físico. Fica difícil definir clinicamente quem tem o metabolismo mais lento, se ele é fruto da genética e se é por isto que ele pode levar a uma maior dificuldade para emagrecer. Sabemos que fatores como idade, sexo, formas de se alimentar, além do exercício físico podem levar à variação dele ao longo dos anos e ainda que, para o emagrecimento ocorrer de forma eficaz faz-se ideal fracionar a alimentação. É assim que o “motor do corpo ficaria sempre ligado, aquecido, queimando mais calorias”. E Quanto maior a idade necessitamos de consumir menos calorias para sobreviver, pois além de formamos menos massa corpórea começamos também a perdê-la formando gordurinhas extras principalmente no abdome. Os homens teem através da testosterona uma preservação hormonal natural dos seus músculos; é por isto que eles teem maior facilidade do que as mulheres para emagrecer. Já as mulheres teem mais massa gordurosa devido a ação estrogênica, o que é normal para se formar as mamas e quadris na adolescência, essenciais para a fertilidade. Além disso, elas são mais susceptíveis a oscilação hormonal na gestação, amamentação, menopausa, o que pode dificultar ainda mais o processo de perda de peso. É claro que uma mulher que pratica exercícios físicos pode emagrecer mais facilmente do que um homem obeso e sedentário. O exercício físico é formador e preservador de músculos e por isso ele pode acelerar o metabolismo e auxiliar na manutenção do peso perdido, especialmente a longo prazo. Existem alimentos, e o principal exemplo são as proteínas, como as carnes, ovos, leite e seus derivados e cereais integrais como a aveia, que são capazes de formar mais músculos do que gorduras podendo ainda facilitar o emagrecimento devido o organismo ter que trabalhar muito mais para transformá-los em energia. Por isto a idéia antiga da dieta cetônica, onde se comia apenas carnes com muitos vegetais crus para se emagrecer rapidamente, retirando-se os carboidratos. Mas isso não é correto! Hoje os estudos demonstram que os carboidratos em doses adequadas, aliados às proteínas e vegetais, e à pouca gordura, além de uma atividade física regular, não só podem melhorar, mas principalmente preservar a massa muscular, o que vem a favorecer uma maior perda de peso para o futuro. Daí a importância de se equilibrar os nutrientes oferecendo-se carboidratos (energia) numa quantidade não engordativa. Num próximo artigo falaremos sobre as fases da vida onde se torna mais fácil engordar.

Dr. José O. Cervantes Loli

Endocrinologista.

Especialista em medicina psicossomática

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Excesso de insulina

Sintomas do hipertireoidismo